Presidente indicou que manterá Eduardo Pazuello no cargo indefinidamente
O presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada Foto: Jorge William/Agência O Globo
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, irá assinar na quarta-feira um novo protocolo da utilização da cloroquina em pacientes com coronavírus. De acordo com Bolsonaro, o novo protocolo vai permitir a utilização a partir dos primeiros sintomas.
— Amanhã cedo o ministro da saúde vai assinar o protocolo da cloroquina — disse, em entrevista ao jornalista Magno Martins. — O último protocolo é do dia 31 de março. permitir a cloroquina apenas em situações em casos graves. agora, não, é a partir dos primeiros sintomas
Segundo Bolsonaro, trata-se de “democracia”, porque só irá tomar quem quiser:
— O que é democracia? Você não quer, você não faz. Quem quiser tomar, que tome.
O presidente indicou que manterá Pazuello interinamente no cargo de forma indefinida, como o GLOBO mostrou, e disse que ele faz um trabalho “excepcional”:
— Por enquanto, deixa lá o general Pazuello, está indo muito bem. É um gestor de primeira linha — afirmou. — É um tremendo de um gestor, está fazendo um excepcional trabalho lá.
Bolsonaro elogiou o prefeito de Campina Grande (PB), Romero Rodrigues, por ter defendido a utilização da cloroquina. O presidente admitiu que a subtância pode não ter feito, mas ressaltou que, caso tenha, ele não terá um peso na consciência por não ter recomendado seu uso.
— Pode ser que lá na frente digam que a cloroquina foi um placebo, ou seja, não serviu para nada. Tudo bem. Mas pode ser, daqui a dois anos, (que digam) “olha, realmente curava”. E o Romero e eu não vamos ter na consciência: “nós evitamos, muitos morreram e poderiam ter sido salvos”. Na minha consciência e do Romero, não vai ter isso.
Ele ainda fez piada sobre o caso:
— Quem for de direita, toma cloroquina. Quem for de esquerda, toma Tubaína.